13/03/2024

Despedida ao pequeno José comove Artur Nogueira

Cerimônia marcou velório realizado na Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores

Pequeno no tamanho. Pequeno na idade. Pequeno no tempo em que aqui conviveu. Mas gigante na força e na esperança. José André Vicensotti partiu cedo e deixou muita emoção em Artur Nogueira. Sua vida foi uma prova de grandeza, marcada por uma coragem e esperança que desafiavam os limites do tamanho e do tempo.

A descoberta devastadora de uma doença grave foi um golpe inesperado para a família. José não tinha ainda completado nem um ano de vida e irradiava saúde e alegria ao lado de seus pais, André e Aline, e sua irmãzinha Maria Clara. Os sintomas que surgiram, inicialmente comuns a muitas crianças, levaram a uma consulta médica que mudaria suas vidas para sempre. A notícia do diagnóstico de um câncer raro abalou a todos, inclusive os profissionais de saúde, que se viram diante de um desafio sem precedentes.

Essa foi apenas a primeira batalha de muitas. Internado no Boldrini, José enfrentou dias, semanas e meses com uma determinação admirável. Sua família permaneceu incansavelmente ao seu lado, alimentando a chama da esperança através de correntes de oração e apoio inabalável.

Como esquecer o ato tão simbólico que aconteceu antes de tudo isso. Em dezembro de 2022, José, então quase um recém-nascido, foi escolhido para representar o “Menino Jesus” numa cerimônia na Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores. Era como se o próprio destino estivesse traçando linhas de significado em sua história. Assim como Jesus, o pequeno teve uma morte injusta, incompreendida e que marcou a vida de tantas pessoas.

Na noite de segunda-feira, 11 de março de 2024, José partiu deste mundo com 1 ano e cinco meses de idade. A partida de uma vida tão jovem e preciosa é uma dor indizível para muitos, uma inversão cruel da ordem natural das coisas.

Era madrugada quando o corpo saiu do Boldrini e partiu para Artur Nogueira. Atrás do carro fúnebre, outro carro, dos pais, acompanhava no momento mais triste e inexplicável desta vida. Não é a ordem natural um pai e uma mãe terem que enterrar um filho. Não deveria ser assim.

O corpo chegou na Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores por volta das 3 horas da madrugada de terça-feira. Um silêncio anunciava que o dia seria de tristeza e de despedida.

Familiares, amigos e até desconhecidos se reuniram para prestar suas últimas homenagens e expressar condolências aos pais, compartilhando o peso dessa perda incomensurável. Uma cerimônia comovente, conduzida pelo padre Édson Tagliaferro, proporcionou um momento de reflexão e solidariedade que ecoou por toda a igreja, unindo corações numa despedida digna do pequeno guerreiro.

José repousava sereno, como se estivesse apenas dormindo, numa beleza serena que não denunciava a luta árdua que travara nos últimos meses. À família e a todos que tiveram o privilégio de conhecer esse anjo em vida, resta a saudade e a honra de ter compartilhado momentos com alguém tão especial.

Que Deus, em sua infinita misericórdia, conforte os corações dilacerados pela perda e receba José em seus braços com alegria e paz eternas.

NOTA DE AGRADECIMENTO:

Os pais André e Aline agradecem a todos aqueles que estiveram junto nesses últimos meses. Em especial, a cada mensagem de carinho recebida. Que Deus abençoe a todos.


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