11/05/2018

Artur Nogueira deixa de receber R$ 2 milhões para investimento no Saean

Por falta de documentação, Agência PCJ desclassificou projeto de combate às perdas de água no município

Da redação

Artur Nogueira deixará de receber mais de R$ 2 milhões em investimentos no Serviço de Água e Esgoto da cidade, o Saean. De acordo com a Agência das Bacias PCJ, o município teve um projeto de combate às perdas de água desclassificado por não entregar toda a documentação necessária. A Prefeitura afirma que aguarda um novo chamamento da agência para enviar um projeto melhorado.

O Saean buscava junto à Agência das Bacias PCJ uma indicação para obter financiamento com recursos das Cobranças PCJ e do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro). O objetivo era a implantação de um projeto de combate às perdas de água, “com monitoramento das pressões na rede através do sistema de comunicação via telemetria no sistema de distribuição de água do município de Artur Nogueira”.

Na pré-qualificação publicada pelo órgão em janeiro deste ano, o projeto do Saean estava previamente qualificado. No entanto, ao divulgar a classificação final dos empreendimentos que buscavam o financiamento, a agência apontou o projeto do Saean como desclassificado. Ao Portal Nogueirense, a Assessoria de Imprensa da Agência das Bacias PCJ o projeto foi desclassificado porque o candidato não apresentou as complementações técnicas solicitadas no prazo estabelecido pelo cronograma de regras.

Em nota, o Saean informou que a desclassificação do projeto é consequência da falta de entrega de documentos necessários durante a gestão da equipe administrativa no ano de 2017. “Assim que a nova equipe assumiu os trabalhos, constatou-se a falta de documentos e imediatamente o projeto foi alterado e melhorado, porém, sem tempo viável para a participação neste mesmo chamamento”, afirma a autarquia.

João Santarosa, responsável pela administração do Saean em 2017, afirma que a desclassificação ocorreu após a saída dele da presidência da autarquia, em janeiro de 2018. Ele conta que o projeto foi protocolado no ano passado e que um engenheiro havia sido contratado para “pilotar o projeto”.

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“Ele tinha experiência em todos os projetos, em buscar recursos da Cobrança Estadual da Federal; e toda a documentação que precisava para o projeto era ele quem arrumava”, explica Santarosa. De acordo com ele, o trâmite para conseguir os recursos seguia normalmente, até o contrato com o engenheiro ser rescindido, em fevereiro.

Após isso, segundo Santarosa, o projeto foi desclassificado. “Eu achei que foi um prejuízo enorme para o município, que vem tendo nos últimos anos sérios problemas com água, com substituição de redes. A gente projetava para o ano que vem conseguir um recurso de R$ 4 milhões para um reservatório, e isso foi tudo por água abaixo”, assevera.

Segundo o Saean, um novo chamamento por parte da Ares-PCJ está sendo aguardado para que se inclua o novo projeto desenvolvido. A nova possibilidade de conseguir os recursos, de acordo com a Agência PCJ, será no ano que vem, se o projeto seguir as normas e prazos estabelecidos.

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