19/11/2018

Cristiano defende que gestão Vicensotti trabalha de forma correta

Vereador afirma que imprensa publica matérias sobre requerimentos, porém omite as respostas dadas pelo Poder Executivo

Da redação

O vereador Cristiano da Farmácia (PR) utilizou o espaço da fala livre parlamentar nesta segunda-feira (19), durante Sessão Ordinária, e defendeu a gestão do prefeito Ivan Vicensotti (PSB). Segundo o edil, o governo municipal tem trabalhado “de forma correta”. A fim de embasar a afirmação, o republicano expôs números referentes ao orçamento de Artur Nogueira entre os anos 2014 e 2018.

Cristiano (PR) apontou que é necessário acompanhar alguns levantamentos para que se possa entender a situação municipal. E, além disso, ele levantou um questionamento. “Nossa cidade está mesmo mal administrada ou fizeram você acreditar nisso?”, indagou. A partir da pergunta, o vereador iniciou uma apresentação com slides no telão da Casa de Leis. “Venho acompanhando as contas municipais e tenho certeza que os valores estão sendo gastos com responsabilidade. As médias estão sempre acima dos anos anteriores”.

Segundo o vereador, em 2014, do orçamento anual foram gastos 25,70% em Saúde, em 2015, 29,99%, e em 2016, 29,31%. Na gestão Vicensotti, em 2017, 33,93% e 2018, 29,55%. Com relação à aplicação total de ensino: 2014 (26,55%), 2015 (27,51%), 2016 (26,34%), 2017 (30,03%) e 2018 (28,74%). O investimento em magistério (Fundeb) totalizou 72,55% em 2014, 69,81% (2015), 73,45% (2016), 73,73% (2017) e 79,27% (2018). Por fim, Cristiano (PR) discorreu sobre os gastos com pessoal. Em 2014 (59,29%), 2015 (48,58%), 2016 (44,98%), 2017 (47,66%) e 2018 (48,11%).

Vale ressaltar que as contas municipais de 2014 e 2015 foram aprovadas por unanimidade pela Câmara de Vereadores, e as porcentagens citadas pelo edil sobre o ano de 2018 são valores parciais, já que o ano ainda está sob fechamento.

Na sequência, o assunto foi a elaboração de requerimentos, ou seja, instrumentos utilizados pela vereança para solicitar informações junto a prefeitura. “Em 2017, 44 requerimentos foram aprovados por unanimidade nesta Casa. Em 2018, 49 passaram. Um total de 93 requerimentos. Disso, nenhuma solicitação de [Comissão Parlamentar de Inquérito] CPI foi feita relacionada a esses documentos. Resultado: 90 atestados de que o governo municipal está trabalhando de forma correta”, concluiu.

De acordo com o republicano, a imprensa local se limita a publicar reportagens sobre os requerimentos. “A imprensa publicou as matérias sobre os questionamentos. Mas não publicou a resposta do Executivo. Com palavras mais simples: mostra-se apenas uma parte da novela. A crítica é feita mas a contrapartida não. Peço que me procurem sempre para eu repassar essas repostas. Afinal, em certas ocasiões são apontamentos de que haja algum tipo de irregularidade dentro do governo”, solicitou.

Cristiano (PR) ressalta que o Tribunal de Contas está reunindo todas as reportagens relacionadas ao Poder Legislativo. “Isso tudo se transforma em um caos dentro da prefeitura. Já que vem um caminhão de apontamento de irregularidades. Mas que na realidade são apenas requerimentos feitos e respondidos pelo prefeito. O resultado disso é uma imagem negativa da nossa cidade. Quando isso acontece, automaticamente, quem perde é a cidade. Para o crescimento e desenvolvimento de nossa cidade e para o bem de nossa gente é péssimo. Menos investimentos, menos empregos e menos qualidade de vida para todos”.

Em contrapartida, Professor Adalberto (PSDB) fez algumas observações à exposição do colega de Câmara. “Parabenizo o nobre vereador Cristiano pela coragem em expor, ilustrar e defender essa ideia. A única observação que eu quero fazer é que de todos os requerimentos que eu apresentei, se eu não me engano, dois eu não consegui a devolutiva. Cabe ao vereador fazer o requerimento, sim”.

O peessedebista acredita que talvez a falha possa estar na devolutiva. “O vereador veio, fez o requerimento, a imprensa publicou, é o papel dela. Depois, veio a resposta? O vereador assume que não houve nenhum erro, nenhum problema? O Executivo aplicou o recurso, respondeu adequadamente? Que venham ao plenário e falem, e a imprensa publica”, sugeriu. E completou, “requerimentos não são acusações, são questionamentos. E eu estou aqui torcendo para que esse governo dê certo”.

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