18/07/2018

“Fui bode expiatório de um conflito político”, diz ex-chefe do Almoxarifado de Artur Nogueira

Pedido de habeas corpus em favor de Josimar Aparecido Cardoso foi negado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e Superior Tribunal de Justiça (STJ)

Da redação

A defesa do ex-chefe do Almoxarifado de Artur Nogueira, Josimar Aparecido Cardoso, realizou um pedido de habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Para tanto, foram apresentados alguns argumentos para que a solicitação fosse acatada. O Portal Nogueirense teve acesso a documentação e, segundo a petição, Josimar acreditar ter “servido como ‘bode expiatório’ de um conflito político”.

O recurso foi negado e, até o momento, ele não se apresentou presencialmente à Justiça.

O ex-funcionário público Josimar, exonerado pelo prefeito Ivan Vicensotti (PSB), teve um mandado de prisão expedido contra ele no dia 22 de junho. A procura começou assim que a funcionária do setor – Michelli Galvão Daher -, subordinada a ele, foi flagrada destruindo arquivos da prefeitura e liberada para responder o processo em liberdade. Diante disso, o advogado responsável pela causa impetrou habeas corpus preventivo com liminar em favor do antigo chefe do almoxarifado nogueirense.

A defesa menciona que o juiz que pediu a prisão de Josimar se equivocou ao basear-se nas afirmações dadas por Michelli. E, pontuou que ele possui bons antecedentes e é réu primário.


“O MMM. Juiz que decretou a prisão preventiva do Paciente se equivocou ao basear-se tão somente nas afirmações feitas por MICHELLI, uma vez que não constam dos autos quaisquer outras provas que corroborem com a sua versão dos fatos, na qual JOSIMAR teria ordenado a destruição dos documentos supramencionados, com a finalidade de frustrar o cumprimento de ofício expedido pelo Ministério Público”.


De acordo com a assessoria de comunicação do Poder Executivo, o prefeito Ivan Vicensotti (PSB) exonerou Josimar Aparecido Cardoso. A decisão aconteceu, há 20 dias, após o não cumprimento da carga horária por parte do ex-servidor de Artur Nogueira. Mas, até o momento, ninguém assumiu o cargo.

A defesa alegou também que a denúncia tem relação direta com assuntos políticos. Assim, Josimar teria servido como “bode expiatório” e se tornado uma “vítima de decisão arbitrária totalmente ilegal”.


“Mister informar que o Paciente possui fortes razões para crer que a falsa denúncia que lhe imputou a condição de suposto mandante de uma fantasiosa prática criminosa é decorrente da atuação de um movimento político, com a clara intenção de prejudicá-lo e a de denegrir a sua reputação pública, bem como a do governo ao qual faz parte atualmente. (…).

O Paciente tem plena convicção que serviu como “bode expiatório” em um conflito político, sendo vítima de uma decisão arbitrária totalmente ilegal, onde vemos ignorados princípios basilares do ordenamento jurídico, como isonomia, proporcionalidade, razoabilidade, garantia à liberdade, à segurança e à integridade física, dentre outros”.


Além do pedido de salvo conduto ter sido negado pelo TJ, posteriormente a ministra do STJ, Laurita Vaz, também indeferiu liminar em habeas corpus impetrado em favor de Josimar.

A investigação sobre o ato ligado à prefeitura continua. Caso seja encontrado, o servidor deverá prestar esclarecimento sobre o crime.

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