27/05/2018

Greve afeta Feira Livre de Artur Nogueira

Movimento de consumidores foi menor neste domingo e alguns feirantes deixaram de montar barracas

Da redação

A greve dos caminhoneiros e o cenário que o país atualmente enfrenta em relação à falta na distribuição de combustíveis refletiram também no movimento da Feira Livre de Artur Nogueira. Neste domingo (27), os feirantes notaram a redução do fluxo de clientes e também relataram falta de mercadorias.

Alguns feirantes que dependem da distribuição de produtos vindos de outras cidades, por exemplo, deixaram de montar as barracas na Feira Livre do município. Com a falta de combustíveis nos postos de abastecimento, muitos deles não conseguiram se deslocar com os veículos durante a semana aos respectivos atacados e depósitos de produtos da região e não obtiveram mercadorias suficientes para oferecerem aos clientes neste final de semana.

Gabriel Luiz Venâncio, feirante de frutas, entre outros produtos, em Artur Nogueira há 7 anos, foi uma das pessoas que sentiu dificuldade para trabalhar devido à atual crise no setor de combustíveis. Ele e o pai não conseguiram atender a demanda que costumam ter semanalmente. “Eu costumo buscar mercadorias na Central Estadual de Abastecimento (Ceasa) de Campinas (SP) e, também, em Minas Gerais, mas nesses dias precisei comprar em outros locais aqui pela região mesmo. Eu e meu pai fazemos feira aqui em Artur Nogueira e em Cosmópolis (SP). São quatro barracas no total, duas em cada cidade. Hoje, eu montei apenas uma barraca aqui em Artur Nogueira e, meu pai, não veio trabalhar porque tivemos falta de mercadoria e de combustível. Apresar de ter afetado o nosso trabalho, apoiamos a causa dos caminhoneiros e esperamos que essa semana a situação se resolva”, relata Venâncio.

Mandioca, tomate e mais alguns produtos estavam em falta em barracas porque a entrega por parte de outros produtores foi escassa no decorrer da semana. Já os feirantes de Artur Nogueira que costumam produzir as próprias mercadorias no município, sem depender de outros distribuidores, não tiveram muita dificuldade para trabalhar, mesmo assim, o lucro do dia sofreu com o declínio do movimento de consumidores.

Israel Alves, que possui uma barraca de verduras na Feira Livre de Artur Nogueira, considera que a crise dos combustíveis devido à paralisação dos caminhoneiros refletiu diretamente na clientela deste domingo (27). O feirante calcula prejuízo monetário aos vendedores no município. “O movimento foi afetado de 40 a 50% nesse domingo. Sem falar que os produtores estão sem gasolina para fazer entregas nos mercados durante a semana, o prejuízo deve se prolongar ainda”, considera o feirante.

O presidente da Associação dos Feirantes e Ambulantes de Artur Nogueira (Afaan), Edson Roberto Mauro, explica que a queda do movimento da feira deste domingo (27) ocorreu porque, parte do público que costuma comprar no local é, também, proveniente das áreas rurais do município e de cidades da região. “A greve está afetando mais os produtores que trazem produtos de fora, alguns deles não montaram barracas nesse domingo. Já os produtores aqui da cidade estão conseguindo manter as vendas. O movimento de clientes caiu bastante porque a Feira Livre de Artur Nogueira é turística, muita gente vem de outras cidades para comprar e passear aqui, mas sem combustível, fica difícil até pra quem mora em locais mais afastados da cidade”, observa Mauro.

O presidente da Afaan também acredita que a feira realizada de quarta-feira, no calçadão da Avenida XV de Novembro, também sofrerá com os reflexos do prejuízo causado no movimento de clientes. Mesmo com a dificuldade em obter mercadorias para os consumidores, os feirantes do município estão buscando alternativas para não deixarem os produtos faltarem nas barracas e, assim, garantir a venda para os consumidores.

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